O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alcançou uma redução impressionante na fila de espera para a concessão de benefícios, que caiu de uma média mensal de 2,4 milhões de pessoas para cerca de 300 mil em 2024. Essa melhoria foi destacada pelo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em recente entrevista.
Atualmente, o tempo médio para a concessão de benefícios é de 37 dias, uma melhoria significativa em relação ao passado. Stefanutto afirmou que a meta do INSS é reduzir esse período para 30 dias até o final do ano. “Estamos felizes com o resultado, mas ainda há trabalho a ser feito. Nosso objetivo é atender os 300 mil casos mais complexos até o final do ano”, declarou Stefanutto.
Medidas implementadas
Uma das principais medidas que contribuiu para essa redução foi a introdução do Atestmed. Este sistema permite que a solicitação de benefício por incapacidade temporária seja feita através da análise de documentos, o que agiliza o processo.
O tempo médio de concessão desses benefícios caiu para 14 dias. “O Atestmed foi essencial para evitar a descontinuidade de renda dos beneficiários, evitando que eles precisassem recorrer a empréstimos e outras formas de endividamento”, explicou Stefanutto.
Apesar dos avanços, o INSS enfrenta desafios estruturais significativos devido à transição demográfica do Brasil. O aumento da população aposentada em comparação com a população economicamente ativa exige novas abordagens para financiamento e ajustes estruturais. “Precisamos pensar em novas formas de financiamento e discutir que tipo de previdência queremos para os próximos 50 anos”, ponderou Stefanutto.
Estratégias futuras
Para lidar com esses desafios, Stefanutto propõe a adoção de um sistema previdenciário por pilares, similar ao que é usado em outros países. Esse sistema incluiria um regime geral básico, um complemento e uma contribuição individual. Além disso, ele ressaltou a importância de melhorar a produtividade para compensar a redução na força de trabalho.
O INSS continua a trabalhar para reduzir o tempo de espera para a concessão de benefícios, implementando novas medidas como o Atestmed e estabelecendo metas ambiciosas para 2024. No entanto, o instituto reconhece que ainda há desafios estruturais a serem enfrentados para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário a longo prazo.
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