A partir de 2025, as mulheres brasileiras poderão se alistar voluntariamente no Exército, mas não serão obrigadas a fazê-lo. O Decreto 12.154, publicado no Diário Oficial da União em 28 de agosto de 2024, estabelece que o alistamento será voluntário, permitindo que as jovens decidam se querem ou não participar do serviço militar. Contudo, uma vez que o alistamento se torne oficial e a mulher for incorporada, o serviço inicial será obrigatório.
Essa mudança representa um avanço significativo na inclusão feminina nas Forças Armadas. Até agora, as mulheres eram aceitas apenas em cargos de nível superior, como médicas e engenheiras, através de cursos de formação. Com a nova medida, elas poderão se alistar aos 18 anos e cumprir um período de 12 meses de serviço, que poderá ser prorrogado conforme os critérios estabelecidos pelas Forças Armadas.
Como Funciona o Processo de Alistamento e a Inspeção de Saúde
O processo de alistamento para mulheres ocorrerá entre janeiro e junho do ano em que completarem 18 anos. As interessadas deverão se inscrever e, se aprovadas, passarão por uma inspeção de saúde. Esta inspeção inclui exames clínicos e laboratoriais para garantir que as candidatas não tenham limitações para o serviço militar.
Após o alistamento, as mulheres realizarão um curso de formação básica. Se decidirem prosseguir, receberão um certificado de reservista ao final do treinamento. Importante notar que, enquanto o alistamento inicial é voluntário, uma vez que as mulheres sejam incorporadas, o cumprimento do serviço será obrigatório.
Leia mais:
Mais de 400 vagas abertas no Sudeste; veja como concorrer
Feira virtual oferece 3 mil vagas de emprego em diversas empresas do país; inscreva-se agora
Formação e Possibilidade de Prorrogação do Serviço Militar
Depois da incorporação, as mulheres deverão cumprir um período de 12 meses no serviço militar, conforme estipulado pelo decreto. Esse prazo pode ser estendido de acordo com as diretrizes das Forças Armadas, com a possibilidade de prorrogação anual até um máximo de oito anos.
Após o serviço militar, as mulheres não terão estabilidade no serviço e serão transferidas para a reserva não remunerada. Isso significa que, embora possam contribuir para as Forças Armadas, não adquirirão um status permanente ou remunerado dentro das instituições militares.
Seleção de Municípios e Implementação do Novo Decreto
O decreto também estabelece que, anualmente, o comando das Forças Armadas divulgará uma lista de “municípios tributários”, que são as localidades onde o alistamento voluntário feminino ocorrerá. Esta lista facilitará a organização e a acessibilidade do processo de alistamento em todo o país.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio, participarão de uma cerimônia para o lançamento oficial do serviço militar feminino voluntário. Esta cerimônia marcará o início da nova política, ampliando as oportunidades para a participação feminina nas Forças Armadas.
Imagem: zoranzeremski / Envato