O Programa Pé-de-Meia, uma das principais iniciativas educacionais do governo Lula, está enfrentando um grave bloqueio orçamentário que ameaça sua continuidade.
Lançado para combater a evasão escolar entre alunos de famílias de baixa renda, o programa oferece bolsas e poupanças para estudantes do ensino médio. Apesar de ter recebido R$ 6,1 bilhões para 2024, a quantidade é insuficiente para cobrir todos os beneficiários, especialmente com a recente expansão anunciada.
Sobre o bloqueio orçamentário
O bloqueio orçamentário inclui uma limitação adicional de R$ 500 milhões, equivalente a 39% do total congelado dentro do Ministério da Educação (MEC). Com o orçamento inicial do Pé-de-Meia de R$ 1 bilhão, a falta de empenho e os cortes significativos estão criando um cenário financeiro desafiador. Além disso, o MEC revelou que o custo total do programa para 2024 é estimado em R$ 8 bilhões, o que supera a alocação atual e compromete o futuro do programa.
O MEC afirma que os recursos para pagamentos estão garantidos e que o programa continua sendo uma prioridade. Entretanto, a situação é preocupante, e o governo está buscando formas de ajustar o orçamento e garantir a continuidade dos benefícios. A reprogramação orçamentária e o bloqueio de recursos afetam também outras áreas, como obras em universidades federais, aumentando a complexidade da crise financeira.
Impacto do bloqueio orçamentário no Programa Pé-de-Meia
O bloqueio de R$ 500 milhões sobre o Pé-de-Meia afeta diretamente a capacidade do programa de atender todos os alunos planejados. Inicialmente, o programa foi projetado para receber um orçamento de R$ 1 bilhão, mas as recentes restrições orçamentárias comprometeram esse valor. A previsão de custo para atender 2,5 milhões de alunos já beneficiados e mais 1,2 milhão a partir de setembro eleva o custo total para R$ 8 bilhões, uma quantia que o orçamento atual não cobre.
Para tentar contornar a situação, o governo criou um fundo privado com um aporte inicial de R$ 6,1 bilhões, destinado a garantir o pagamento dos benefícios no início do ano letivo. No entanto, a falta de empenho orçamentário e os bloqueios adicionais têm gerado incertezas quanto à capacidade do MEC de manter o programa em operação. O ministério está trabalhando para preservar as ações essenciais e buscar soluções para ajustar a execução orçamentária.
Os alunos do Pé-de-Meia recebem uma bolsa mensal de R$ 200 e uma poupança anual de R$ 1.000, que pode ser sacada ao final do ensino médio. Com a expansão do programa para incluir alunos da educação de jovens e adultos (EJA), a demanda por recursos aumentou. O governo enfrenta um desafio significativo para equilibrar o orçamento e assegurar que o Pé-de-Meia continue a apoiar os alunos conforme planejado.
Imagem: Meu Cadastro Único