O lançamento do Pix Parcelado, funcionalidade que permitiria dividir pagamentos diretamente pelo Pix, foi adiado pelo Banco Central. A decisão ocorre após a identificação de golpes milionários que expuseram vulnerabilidades no sistema financeiro digital, mostrando que a proteção dos usuários é prioridade antes de disponibilizar a novidade.
O recurso, que prometia simplificar compras parceladas sem depender de cartões de crédito, terá novas datas para regulamentação e implementação. Enquanto isso, consumidores e empresas devem se manter atentos às práticas de segurança digital.
Motivos do adiamento do Pix Parcelado

O principal fator que levou ao adiamento foi o aumento de fraudes sofisticadas em instituições financeiras. Relatórios recentes apontam que criminosos vêm utilizando contas falsas, técnicas de engenharia social e recursos tecnológicos para desviar grandes quantias.
Leia mais:
Novas regras do Pix: o que muda, riscos e como se proteger
Diante desse cenário, o Banco Central decidiu postergar a divulgação das regras finais do Pix Parcelado, inicialmente prevista para setembro de 2025. O objetivo é reforçar medidas de proteção e evitar que a nova funcionalidade seja explorada por criminosos.
O adiamento reflete a necessidade de garantir que as transações sejam seguras, permitindo que o serviço só seja disponibilizado quando o risco de golpes estiver minimizado.
Tipos de golpes financeiros em 2025
As fraudes digitais estão se tornando mais complexas e sofisticadas. Entre os principais métodos utilizados pelos criminosos estão:
Contas falsas
Também chamadas de contas laranja, são abertas com documentos falsificados ou de terceiros, sendo usadas para receber valores desviados. Essas contas dificultam a investigação e permitem movimentações suspeitas sem identificação imediata.
Engenharia social
Golpistas entram em contato com clientes por mensagens, e-mails ou ligações, se passando por instituições financeiras. O objetivo é coletar informações pessoais, senhas e códigos de verificação, que depois são usados para desviar dinheiro.
Transferências por IPs não autorizados
Transações realizadas por endereços de IP sem licença dificultam o rastreio e facilitam fraudes, tornando mais difícil para autoridades identificar a origem e o destino dos recursos.
Como se proteger de fraudes digitais?
Mesmo com avanços de segurança, os usuários devem adotar cuidados para evitar golpes. Algumas ações essenciais incluem:
- Utilizar apenas aplicativos oficiais para movimentações financeiras.
- Não compartilhar senhas ou códigos de verificação, mesmo que pareçam vir do banco.
- Ativar autenticação em duas etapas, adicionando uma camada extra de proteção.
- Desconfiar de mensagens suspeitas que solicitem dados pessoais ou financeiros.
- Criar senhas fortes e diferentes para cada serviço.
Seguindo essas práticas, é possível reduzir significativamente o risco de cair em golpes digitais.
Novas datas e etapas do Pix Parcelado
Com o adiamento, o Banco Central estabeleceu um novo calendário para o lançamento:
- Outubro de 2025: publicação do regulamento completo
- Dezembro de 2025: disponibilização do manual de experiência para bancos e usuários
- 2026: padronização da funcionalidade em todas as instituições financeiras
O foco das novas regras será garantir limites claros, taxas transparentes e maior segurança, oferecendo uma experiência mais confiável para consumidores e comerciantes.
O que muda para os usuários?
Com o Pix Parcelado, espera-se que os clientes consigam:
- Realizar parcelamentos instantâneos sem depender de cartões de crédito
- Ter recebimento imediato para comerciantes, mesmo com pagamentos divididos
- Operar dentro de limites claros e regras uniformes em todas as instituições
Enquanto o sistema não é liberado, é recomendado que os usuários acompanhem comunicados oficiais e reforcem práticas de segurança.
Medidas do Banco Central contra fraudes
Para combater golpes, o Banco Central adotou diversas iniciativas em 2025, como:
- Limite de R$ 15 mil por transações feitas por IPs sem licença
- Rejeição obrigatória de operações com sinais de fraude
- Regras mais rígidas para contas falsas
- Consultas públicas sobre normas para serviços internacionais
- Maior exigência para participação de provedores de tecnologia
Essas medidas demonstram que o BC mantém tolerância zero para práticas suspeitas, reforçando a segurança do sistema bancário.
O Pix tradicional permanece seguro
É importante destacar que o Pix convencional não sofreu alterações. O adiamento afeta apenas a modalidade parcelada, que ainda está em fase de regulamentação. Os usuários podem continuar utilizando o Pix normalmente, com atenção às regras de proteção digital.
Perguntas frequentes sobre o Pix Parcelado

O que é o Pix Parcelado?
É uma função que permitirá dividir pagamentos via Pix, com crédito liberado ao recebedor imediatamente
Por que o lançamento foi adiado?
O adiamento se deve ao aumento de fraudes e à necessidade de reforçar a segurança
Como se proteger de golpes digitais?
Use autenticação em duas etapas, não compartilhe senhas ou códigos e faça transações apenas em canais oficiais
Quando o Pix Parcelado estará disponível?
O regulamento deve sair em outubro de 2025, o manual em dezembro e a padronização completa em 2026
Quais bancos serão impactados?
Todos que planejavam oferecer a funcionalidade terão que aguardar novas definições
O Pix tradicional será afetado?
Não, o Pix convencional continua funcionando normalmente
Considerações finais
O adiamento do Pix Parcelado mostra que, mesmo em tempos de inovação, a segurança financeira é prioridade. Com novas regras, limites claros e medidas de proteção reforçadas, a funcionalidade deve chegar ao mercado mais segura e confiável, beneficiando consumidores e comerciantes. Enquanto isso, manter hábitos de proteção digital é essencial para navegar com tranquilidade no ambiente financeiro eletrônico.
Imagem: Freepik



