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Quem nunca teve dúvidas sobre como funciona a avaliação médica do INSS na hora de pedir o auxílio-doença? Esse processo pode parecer complicado à primeira vista, mas entender cada etapa ajuda (e muito!) a evitar dor de cabeça e até atrasos no benefício. Neste artigo, vamos explicar, com uma linguagem direta e acessível, como se preparar para a perícia, quais são os requisitos do auxílio e o que fazer se algo der errado no meio do caminho.
O que é o auxílio-doença e quem pode solicitar?
Antes de mais nada, é bom esclarecer: o chamado “auxílio-doença” agora atende oficialmente pelo nome de Auxílio por Incapacidade Temporária. Trata-se de um benefício pago pelo INSS a quem está temporariamente impossibilitado de trabalhar por motivos de saúde — seja por doenças físicas, mentais ou até lesões decorrentes de acidentes.
Mas atenção: não basta estar doente. É essencial comprovar essa incapacidade temporária por meio de laudos, exames e atestados médicos. E aí que entra a famosa perícia médica do INSS.
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Como funciona a perícia médica?
Passo 1: solicitação do benefício
Tudo começa com o pedido do benefício, que pode ser feito no site Meu INSS ou no aplicativo oficial do INSS, disponível para celulares. Durante o processo, o próprio sistema agenda uma data para a perícia médica presencial, que é obrigatória na maioria dos casos.
Passo 2: comparecer à perícia
No dia agendado, o segurado precisa estar no local da perícia com todos os documentos em mãos — tanto pessoais quanto médicos. Isso inclui RG, CPF, carteira de trabalho e, principalmente, exames recentes, laudos médicos, atestados e receitas. Quanto mais provas da condição de saúde, melhor.
O médico perito vai avaliar se a pessoa está ou não temporariamente incapaz de exercer suas atividades profissionais. Se a conclusão for positiva, o auxílio é aprovado. Caso contrário, o pedido é negado e o trabalhador é considerado apto a retornar ao trabalho.
E se o INSS disser que você está apto, mas você ainda não consegue trabalhar?
Essa é uma das situações mais complicadas enfrentadas pelos segurados. Às vezes, mesmo sentindo fortes sintomas ou dificuldades, o perito entende que o trabalhador já pode voltar às suas atividades. Se o empregador concordar com essa decisão, mas o funcionário continuar se sentindo incapaz, pode surgir um impasse conhecido como “limbo jurídico”.
O que é o limbo jurídico?
É quando o INSS diz que você está pronto para trabalhar, mas o seu corpo diz o contrário. Nessa situação, nem o INSS paga o benefício, nem a empresa paga o salário — ou seja, o trabalhador fica sem nenhuma fonte de renda.
O que fazer nessa situação?
O ideal é procurar um advogado especializado em direito previdenciário ou trabalhista. Esse profissional pode ajudar a recorrer da decisão do INSS ou mesmo entrar com uma ação judicial, exigindo o reconhecimento da incapacidade e o pagamento do benefício.
Além disso, é fundamental informar oficialmente a empresa sobre a decisão do INSS, sempre por escrito, para evitar problemas futuros, como acusações de abandono de emprego.
Requisitos para ter direito ao auxílio-doença
Carência mínima
Para ter acesso ao auxílio-doença, normalmente é exigido um tempo mínimo de contribuição à Previdência Social — são 12 meses de contribuição.
Exceções à carência
Existem exceções em casos de:
- Acidente de trabalho
- Doenças graves, como:
- Câncer (neoplasia maligna)
- AIDS
- Tuberculose ativa
- Alienação mental
- Esclerose múltipla
- Hepatopatia grave, entre outras
Nesses casos, o auxílio pode ser concedido mesmo que o trabalhador não tenha completado os 12 meses de contribuição.
Tipos de perícia médica: presencial, documental e domiciliar
Nem sempre o segurado precisa sair de casa para ser avaliado. Dependendo da situação, o INSS permite outras modalidades de perícia:
Perícia documental
Se o segurado tiver todos os documentos atualizados e consistentes, pode pedir a antecipação do benefício com base apenas na documentação médica. Isso evita o deslocamento até uma agência e agiliza o processo.
Perícia domiciliar
Quando o estado de saúde é tão grave que a pessoa não consegue se locomover, é possível solicitar uma perícia domiciliar, onde o médico perito vai até a residência do segurado para fazer a avaliação.
Como se preparar para a perícia médica?
Organização é a palavra-chave aqui. Veja abaixo algumas orientações essenciais para não ser pego de surpresa:
Checklist do que levar no dia da perícia
- Documento de identidade com foto (RG ou CNH)
- CPF
- Carteira de trabalho ou comprovantes de contribuição
- Exames laboratoriais e de imagem (raio-X, ressonância, tomografia etc.)
- Laudos médicos detalhados, com CID e tempo de afastamento recomendado
- Receitas de medicamentos
- Atestados com assinatura e CRM do médico
- Caso tenha um representante legal, leve também a procuração e o documento do representante
Dicas importantes
- Chegue com antecedência: atrasos podem fazer você perder a perícia.
- Não falte! Se não puder comparecer, remarque com antecedência.
- Seja claro nas respostas: explique os sintomas, desde quando começaram e como afetam sua rotina de trabalho.
- Mantenha a calma: o perito está lá para fazer uma avaliação técnica, não é seu inimigo.
O que fazer em caso de negativa do auxílio-doença?
Caso o pedido de auxílio seja recusado, é possível:
- Apresentar recurso administrativo no próprio site ou app do Meu INSS.
- Entrar com ação judicial, caso o recurso não tenha êxito.
- Solicitar nova perícia, especialmente se houver agravamento do quadro clínico.
Conclusão: conheça seus direitos e evite prejuízos
Saber como funciona o processo de perícia do INSS é essencial para garantir seus direitos e não passar sufoco quando mais precisa. O auxílio-doença existe justamente para oferecer suporte financeiro durante o afastamento por problemas de saúde — mas ele depende da comprovação da incapacidade.
Por isso, quanto mais você souber sobre documentos necessários, procedimentos, recursos e alternativas, mais preparado estará para enfrentar o processo e receber o que é seu por direito.
Se você conhece alguém passando por essa situação, compartilhe este conteúdo. Informação de qualidade pode fazer toda a diferença!
Imagem: Freepik/Canva