O saque calamidade do FGTS é uma modalidade emergencial que permite ao trabalhador retirar parte do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço em situações de emergência ou estado de calamidade pública, causadas por desastres naturais. Essa medida busca oferecer apoio financeiro imediato às vítimas de eventos climáticos extremos, como enchentes, vendavais e deslizamentos.
O recurso pode ser utilizado para cobrir despesas urgentes, reconstruir a moradia danificada ou substituir bens essenciais perdidos durante o desastre.
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Quem tem direito ao saque calamidade
Para ter acesso ao saque calamidade, o trabalhador precisa cumprir alguns critérios estabelecidos pela Caixa Econômica Federal. São eles:
- Residir em município que tenha tido o estado de emergência ou de calamidade pública oficialmente reconhecido;
- Ter sido diretamente afetado por um desastre natural, com danos à residência comprovados por laudo da Defesa Civil;
- Possuir saldo na conta vinculada do FGTS;
- Não ter realizado outro saque calamidade nos últimos 12 meses, salvo em casos excepcionais.
Qual o valor disponível para saque
O valor máximo liberado pelo saque calamidade é de R$ 6.220,00 por evento. Entretanto, esse limite está condicionado ao saldo disponível na conta do FGTS. Se o trabalhador tiver um valor inferior a esse montante, poderá sacar apenas o que estiver disponível.
Essa quantia busca equilibrar o atendimento a todas as pessoas afetadas em uma mesma localidade, proporcionando um alívio financeiro uniforme.
Documentos necessários para o saque
Para solicitar o saque calamidade, é necessário apresentar documentos que comprovem tanto a residência na área afetada quanto o vínculo com o FGTS. São exigidos:
- Documento oficial de identificação com foto;
- Comprovante de residência atualizado (emitido nos últimos 120 dias antes do desastre);
- Carteira de Trabalho ou outro documento que comprove o vínculo empregatício.
Em caso de solicitação pelo aplicativo, as imagens dos documentos devem ser legíveis e enviadas conforme as instruções da plataforma.
Como solicitar o saque calamidade do FGTS
A solicitação pode ser feita de duas maneiras: online, pelo aplicativo FGTS, ou presencialmente em uma agência da Caixa Econômica Federal. O processo é simples em ambas as opções.
Pelo aplicativo FGTS
- Acesse o aplicativo FGTS e faça login com a conta do gov.br;
- Vá até a aba “Meus saques” e clique em “Solicitar saque”;
- Escolha a opção “Calamidade pública” e informe o município afetado;
- Envie os documentos solicitados, como o comprovante de residência;
- Finalize o pedido e aguarde a análise da Caixa.
Nas agências da Caixa
- Dirija-se à agência com os documentos exigidos;
- Informe que deseja realizar o saque por calamidade;
- Aguarde o atendimento e a análise da documentação;
- Após a validação, o valor é liberado em até 5 dias úteis.
Quanto tempo leva para liberar o saque
A liberação do saque depende da formalização do reconhecimento da calamidade pelas autoridades locais e federais. Após essa confirmação e o envio das informações pelo município à Caixa, o valor pode ser disponibilizado em até 5 dias úteis.
A agilidade do processo também varia de acordo com a demanda de solicitações e a rapidez no envio dos documentos pelo solicitante.
Outras modalidades de saque do FGTS
Além do saque calamidade, o FGTS oferece outras modalidades que podem ser acessadas conforme a situação do trabalhador.
Saque-aniversário
Permite ao trabalhador retirar parte do saldo do FGTS anualmente, no mês de seu aniversário. É necessário optar por essa modalidade no aplicativo, e ela é incompatível com o saque-rescisão.
Saque-rescisão
É liberado quando o trabalhador é demitido sem justa causa, permitindo o saque total do saldo da conta vinculada.
Saque por motivos de saúde
Disponível em casos de doenças graves, como câncer ou HIV, ou para custear tratamentos de saúde autorizados por lei.
A importância do saque calamidade
O saque calamidade do FGTS é uma das formas mais ágeis de auxílio financeiro oferecidas pelo governo em situações emergenciais. Ele tem o papel fundamental de ajudar famílias afetadas por desastres naturais a reconstruírem suas vidas, cobrindo despesas imediatas com reparos na moradia, alimentação e itens de necessidade básica.
Com a digitalização dos processos em 2025, a facilidade de acesso ao benefício foi ampliada, permitindo que mais trabalhadores consigam o recurso sem burocracias excessivas.