O novo salário mínimo nacional de R$ 1.518,00 começou a ser creditado nas contas dos trabalhadores em fevereiro de 2025. Embora o valor já estivesse em vigor desde janeiro, o pagamento com o reajuste só ocorreu no mês seguinte, conforme a regra tradicional de remuneração no Brasil.
O aumento representa uma correção sobre o antigo piso e tem impacto direto na renda de milhões de brasileiros, especialmente aqueles que recebem o mínimo, como trabalhadores com carteira assinada, beneficiários do INSS e pessoas que acessam programas sociais.
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Por que o reajuste só foi pago em fevereiro?
Apesar do novo valor do salário mínimo estar em vigor desde 1º de janeiro, o crédito nas contas dos trabalhadores só acontece no mês seguinte, já que os salários são sempre depositados após o fechamento da folha do mês anterior.
Assim, o contracheque de fevereiro foi o primeiro a refletir o novo piso nacional. Essa prática é padrão tanto no setor público quanto no privado.
O que é o salário mínimo?
O salário mínimo é o menor valor que um trabalhador pode receber legalmente por exercer uma atividade remunerada. Ele é definido pelo governo federal e serve de base para diversos cálculos econômicos, incluindo:
- Benefícios do INSS, como aposentadorias e pensões;
- Benefícios trabalhistas, como o abono salarial PIS/Pasep;
- Programas assistenciais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada);
- Valores de indenizações e contribuições sociais.
O reajuste do salário mínimo costuma considerar a inflação do ano anterior e, em alguns casos, também o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a política de valorização definida pelo governo.
Reajuste de 2025: quanto aumentou?
O valor anterior do salário mínimo era de R$ 1.412,00. Com o novo piso de R$ 1.518,00, o reajuste representa um aumento de R$ 106, o que equivale a uma correção de aproximadamente 7,5%.
Esse aumento busca manter o poder de compra da população diante da inflação e melhorar gradualmente a renda dos trabalhadores. Além disso, há um impacto financeiro direto para o governo, já que muitos benefícios são calculados com base no salário mínimo.
Quem é impactado pelo novo valor?
O reajuste do salário mínimo afeta diretamente cerca de 60 milhões de brasileiros, entre trabalhadores formais, aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais. Veja alguns grupos diretamente impactados:
Trabalhadores com carteira assinada
Empregados com contrato formal que recebem o piso salarial passam a ter direito ao novo valor. O aumento também influencia o cálculo de adicionais, férias, 13º salário e horas extras.
Aposentados e pensionistas do INSS
Os beneficiários que recebem um salário mínimo mensal terão seus valores reajustados automaticamente. O aumento também afeta o piso de pensões por morte, auxílio-doença e aposentadorias por invalidez.
Beneficiários do BPC
O Benefício de Prestação Continuada, voltado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, é pago no valor de um salário mínimo. Com o reajuste, os beneficiários agora recebem R$ 1.518,00 mensais.
Beneficiários de programas sociais
Embora programas como o Bolsa Família tenham regras próprias, alguns valores e limites de renda per capita para enquadramento consideram o salário mínimo como referência.
Como o aumento afeta a economia
O reajuste do salário mínimo também influencia a economia como um todo. Ele afeta desde o consumo das famílias até os custos operacionais de empresas públicas e privadas.
Por um lado, o aumento eleva o poder de compra da população de baixa renda, o que pode estimular o comércio e os serviços. Por outro, ele também representa uma elevação nos custos da folha de pagamento para os empregadores e nas despesas obrigatórias do governo.
Segundo economistas, o impacto fiscal do novo piso pode ser compensado por uma maior arrecadação de tributos, caso o consumo aumente, além de melhorias na formalização do trabalho.
O que esperar para os próximos anos?
O governo federal tem defendido uma política de valorização do salário mínimo acima da inflação. Para os próximos anos, a expectativa é que o piso continue sendo corrigido com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores.
Essa política busca garantir que o salário mínimo acompanhe o crescimento da economia, promovendo ganhos reais para os trabalhadores que dependem do piso nacional.
Considerações finais
O reajuste do salário mínimo para R$ 1.518 em 2025 representa uma importante correção no poder de compra dos brasileiros e reforça o compromisso do governo com a valorização da renda básica no país.
Trabalhadores formais, beneficiários do INSS e assistidos por programas sociais já recebem o novo valor desde fevereiro. O impacto positivo na renda pode ser sentido ao longo do ano, especialmente entre as camadas mais vulneráveis da população.