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O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma das principais políticas assistenciais do Brasil e desempenha papel crucial na proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade. Vinculado à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o BPC garante um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência de qualquer idade que comprovem não possuir meios de se sustentar, nem de serem sustentados por sua família.
Em 2025, com a atualização de critérios e processos, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como acessar esse direito. A seguir, entenda como funciona o BPC, quem pode receber, o que mudou e como solicitar.
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Novo benefício do INSS para quem saiu do BPC e resolveu trabalhar
O que é o Benefício de Prestação Continuada (BPC)
O BPC é um benefício assistencial previsto no artigo 203 da Constituição Federal e regulamentado pela LOAS. Diferente da aposentadoria, ele não exige contribuição prévia ao INSS. Seu foco está em garantir a dignidade a pessoas em condição de pobreza, desde que se enquadrem nos critérios legais.
O valor pago mensalmente é equivalente a um salário mínimo vigente. Em 2025, esse valor é de R$ 1.412.
Quem tem direito ao BPC em 2025
Idosos com 65 anos ou mais
Para os idosos, é necessário ter completado 65 anos de idade e comprovar situação de vulnerabilidade social, com renda per capita familiar inferior a 1/4 do salário mínimo (R$ 353,00 em 2025).
Pessoas com deficiência
Pessoas com deficiência, de qualquer idade, também podem acessar o BPC, desde que comprovem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que as impossibilitem de participar plenamente da sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Critérios de renda para acesso ao BPC
O principal critério para acesso ao BPC é a renda mensal per capita da família, que deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo. Isso significa que a soma dos rendimentos de todos os integrantes da família, dividida pelo número de pessoas, deve ser inferior ao valor de R$ 353,00 (referente ao salário mínimo de R$ 1.412 em 2025).
Contudo, decisões judiciais e normativas do governo têm flexibilizado essa regra, permitindo em alguns casos a concessão do benefício mesmo com renda um pouco superior, desde que comprovada a necessidade.
Como comprovar a deficiência para o BPC
Avaliação médica e social
Para a concessão do BPC à pessoa com deficiência, é necessário passar por avaliação médica e avaliação social realizadas por profissionais do INSS. Essa análise visa verificar o grau de impedimento, a condição de vida e as barreiras enfrentadas no cotidiano.
Impedimento de longo prazo
A deficiência deve ser de natureza duradoura (mínimo de dois anos) e capaz de limitar de forma significativa a capacidade da pessoa de se integrar plenamente à sociedade.
Cadastro no CadÚnico é obrigatório
Um dos requisitos fundamentais para a solicitação do BPC é estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). A inscrição deve estar atualizada e conter todas as informações da composição familiar e situação socioeconômica.
A atualização do CadÚnico deve ser feita no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do município. Sem esse registro, o pedido do BPC é automaticamente indeferido.
Passo a passo para solicitar o BPC
1. Inscrição no CadÚnico
Procure o CRAS da sua cidade e faça o cadastro ou a atualização. Leve os documentos de todos os membros da família, como RG, CPF, comprovante de residência e carteira de trabalho.
2. Acesso ao Meu INSS
Com o cadastro em dia, o requerimento pode ser feito pelo aplicativo ou site Meu INSS, disponível para smartphones e computadores.
3. Agendamento da perícia
Para pessoas com deficiência, o sistema solicitará o agendamento de perícia médica e avaliação social. O idoso, por outro lado, não precisa realizar perícia, apenas comprovar a idade e renda.
4. Acompanhamento do pedido
Após o envio, é possível acompanhar o andamento do pedido pelo próprio Meu INSS ou pelo telefone 135.
Tempo de análise do BPC
O prazo médio para análise do benefício gira em torno de 45 dias, podendo variar conforme a localidade e a demanda do INSS. Casos mais complexos ou que dependam de avaliação social e médica podem demorar mais.
Rejeição do benefício: o que fazer
Caso o benefício seja negado, o solicitante pode:
- Entrar com recurso administrativo no próprio Meu INSS;
- Solicitar nova análise com documentos complementares;
- Recorrer à Justiça, por meio da Defensoria Pública ou advogado particular.
O BPC dá direito ao 13º salário?
Não. O BPC não é aposentadoria nem pensão, portanto, não dá direito ao pagamento do décimo terceiro salário. Esse é um dos pontos mais debatidos por defensores da assistência social, que argumentam que o valor do benefício é insuficiente para suprir as necessidades básicas.
Beneficiário do BPC pode trabalhar?
O BPC não é acumulável com remuneração formal. Porém, desde que respeitadas as regras de renda familiar, pessoas com deficiência beneficiárias do BPC podem ser inseridas no mercado de trabalho por meio do Programa de Inclusão Produtiva. Se perderem o emprego, poderão retornar ao benefício.
Para os idosos, a regra é mais rígida: o recebimento de qualquer salário ou renda formal implica a perda do benefício.
Benefício é individual e intransferível
O BPC é individual, ou seja, não pode ser transferido para outra pessoa. Também não gera pensão por morte, como acontece com a aposentadoria. Quando o beneficiário falece, o pagamento é encerrado.
Fraudes e cruzamento de dados
Com o avanço da tecnologia, o governo federal intensificou os cruzamentos de dados entre sistemas como Receita Federal, bancos e CadÚnico. Isso visa evitar fraudes no pagamento do BPC. Qualquer inconsistência pode gerar bloqueio ou cancelamento.
Atualização cadastral é essencial
A manutenção do benefício exige a atualização do CadÚnico a cada dois anos. Mudanças na composição familiar, endereço, renda ou número de membros devem ser informadas imediatamente para evitar suspensão.
O que mudou no BPC em 2025
Acesso digital ampliado
O aplicativo Meu INSS agora oferece recursos mais completos para solicitar e acompanhar o BPC. O reconhecimento facial também passou a ser exigido em alguns casos para evitar fraudes.
Ampliação dos critérios de análise social
O INSS passou a considerar novos elementos na análise social, como gastos com medicamentos, condições de moradia e alimentação, o que pode beneficiar famílias com renda ligeiramente acima do limite legal.
Integração com outros programas
O beneficiário do BPC pode, a partir de 2025, ter acesso facilitado a outros programas como o Tarifa Social de Energia Elétrica, Programa Cesta Verde e Bolsa Família, desde que atenda aos requisitos específicos.
Conclusão
O BPC continua sendo um instrumento essencial de proteção social no Brasil. Apesar das exigências e burocracias, o benefício garante renda mínima a quem mais precisa. Em 2025, as mudanças no sistema de solicitação e avaliação exigem mais atenção dos requerentes, especialmente quanto ao CadÚnico e à comprovação de renda. Conhecer os direitos e manter a documentação em dia são passos fundamentais para ter acesso e manter esse benefício que é, para muitos brasileiros, a única fonte de subsistência.