O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Campo Grande passará por um reajuste de 4,12% em 2025, conforme publicado em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) no início de novembro de 2024. Esse aumento reflete a inflação acumulada, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA), calculado pelo IBGE. O percentual, que já havia sido antecipado, foi finalmente oficializado pela Prefeitura Municipal, causando preocupação e curiosidade entre os cidadãos da capital sul-mato-grossense.
Se você é morador de Campo Grande e precisa se preparar para esse novo valor, fique por dentro dos detalhes do reajuste, o impacto no bolso dos contribuintes e o que está por trás dessa atualização do imposto.
Leia mais:
Minha Casa Minha Vida 2025: O que Mudou? Confira as Regras e Novos Benefícios
O que é o IPTU e como ele funciona?
O IPTU é um imposto municipal cobrado sobre a propriedade de imóveis localizados em áreas urbanas. Ele é pago anualmente pelos proprietários de terrenos ou edificações e varia conforme o valor venal do imóvel, ou seja, o preço de mercado estimado pela Prefeitura. Esse imposto é uma das principais fontes de arrecadação das prefeituras e serve para financiar diversas áreas essenciais, como saúde, educação, segurança, infraestrutura e lazer.
Como o IPTU é calculado?
O cálculo do IPTU é baseado no valor venal do imóvel, que é determinado a partir de uma série de fatores. A Prefeitura usa uma tabela que leva em conta a localização, o tipo de construção e a área do imóvel, além de outros critérios técnicos definidos no Manual de Avaliação Municipal. Em 2025, esse valor será ajustado com base no IPCA, um dos principais índices que medem a inflação no Brasil.
Reajuste do IPTU em 2025: O que esperar?
O reajuste de 4,12% foi anunciado com base no IPCA, que reflete a inflação no país. Isso significa que o aumento do imposto acompanha o crescimento do custo de vida e das despesas públicas, ajustando-se à realidade econômica atual.
A base de cálculo do reajuste
A Prefeitura de Campo Grande usou não apenas o IPCA para o reajuste, mas também considerou outros parâmetros técnicos para atualizar o valor venal dos imóveis. Entre esses fatores estão o Manual de Avaliação do município, a Tabela de Valores Unitários por Metro Quadrado de Edificação e a Planta de Valores Genéricos. Além disso, a decisão levou em conta a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que estabelece diretrizes para a cobrança do imposto.
Quando será enviado o carnê de IPTU?
A previsão é que mais de 400 mil carnês de IPTU sejam entregues nas residências dos contribuintes até meados de dezembro de 2024. O carnê trará o valor atualizado do imposto, levando em consideração o reajuste de 4,12%. Vale lembrar que o pagamento do IPTU pode ser feito à vista ou parcelado, e os contribuintes têm o direito de escolher a forma de quitação do imposto.
O impacto do reajuste no bolso do contribuinte
O aumento do IPTU pode gerar uma sensação de desconforto para muitos moradores, principalmente aqueles que já enfrentam dificuldades financeiras. Em 2025, o percentual de 4,12% será o reajuste oficial, mas o impacto do imposto pode variar dependendo do valor venal do imóvel.
Comparação com o reajuste de 2024
Em 2024, o reajuste foi de 5%, um pouco mais alto que o de 2025, mas que também foi um reflexo da inflação e da necessidade de atualizar os valores de mercado. Além disso, a Prefeitura costuma oferecer opções de pagamento facilitado, como parcelamento em até 12 vezes ou descontos para quem paga à vista. No ano passado, foi oferecido um desconto de 20% para quem quitasse o imposto de uma vez só.
O que isso significa para você?
Se você mora em Campo Grande e tem um imóvel, o reajuste de 4,12% pode significar um valor maior a ser pago no ano seguinte. Por exemplo, se o IPTU de sua casa foi R$ 1.000 em 2024, em 2025 o valor passará a ser R$ 1.041,20, com o reajuste já aplicado. Para alguns, esse aumento pode ser um peso, especialmente quando somado a outros custos fixos do mês. Por isso, é importante se planejar financeiramente e verificar as opções de pagamento.
Isenção de IPTU: O caso dos comerciantes da 14 de julho
Outro tema importante que gerou bastante discussão em Campo Grande foi o projeto de lei que visava isentar o pagamento do IPTU para comerciantes da 14 de Julho, uma das avenidas mais movimentadas da cidade. A proposta foi vetada pelos vereadores locais, mas ainda assim gerou debate sobre a criação de incentivos fiscais para fomentar o comércio e a revitalização da área central.
O objetivo da isenção
A isenção do IPTU era parte de uma tentativa de revitalizar o Corredor Gastronômico, Turístico e Cultural da 14 de Julho, atraindo novos empreendimentos e incentivando o comércio local. A ideia era apoiar os pequenos empresários e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento de um dos principais pontos turísticos da cidade. No entanto, o projeto não foi aprovado, e a manutenção do veto foi confirmada por 18 dos 29 vereadores presentes.
A relevância para o mercado local
Embora a isenção não tenha sido concretizada, a proposta trouxe à tona a importância de medidas que possam estimular o crescimento econômico, especialmente em áreas que possuem grande potencial turístico e cultural. A discussão também ilustra o desafio enfrentado pelas administrações municipais de equilibrar as necessidades de arrecadação com o apoio a iniciativas que favoreçam o crescimento local.
O futuro do IPTU em Campo Grande: Expectativas para os próximos anos
O reajuste de 2025 é apenas um capítulo em um cenário que tende a se manter instável devido às variações econômicas e políticas. A tendência é que o IPTU continue a ser um dos principais tributos municipais, com ajustes anuais baseados na inflação e na valorização do mercado imobiliário. Para os próximos anos, a expectativa é de que as autoridades de Campo Grande busquem alternativas para melhorar a arrecadação sem sobrecarregar os contribuintes, talvez oferecendo mais opções de isenção ou descontos para determinados grupos, como os pequenos comerciantes ou famílias de baixa renda.
Como se preparar para o reajuste do IPTU
O segredo para enfrentar o aumento do IPTU está no planejamento financeiro. Se o valor do imposto está ficando mais pesado no seu orçamento, é importante revisar suas finanças, buscar alternativas de parcelamento ou até mesmo verificar se o valor venal do seu imóvel está correto. Caso haja discrepâncias, você pode solicitar uma revisão à Prefeitura.
Considerações finais
O reajuste do IPTU de Campo Grande para 2025 foi definido em 4,12% e reflete o aumento da inflação medida pelo IPCA. Embora o valor do imposto varie de acordo com o tipo e a localização do imóvel, o aumento certamente afetará o bolso dos contribuintes. Para quem mora na cidade, é fundamental se preparar para o novo carnê de IPTU e aproveitar as opções de pagamento disponíveis. Em tempos de aumento de custos, o planejamento financeiro se torna ainda mais crucial para lidar com esses ajustes.