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Apesar das mudanças significativas trazidas pela Reforma da Previdência de 2019, uma nova reforma será inevitável nos próximos anos para salvar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e assegurar a sustentabilidade da Previdência Social no Brasil.
A Reforma da Previdência de novembro de 2019 foi um marco importante, introduzindo novas regras que afetaram quase todos os benefícios concedidos pelo INSS. No entanto, o que parecia ser a solução para o rombo previdenciário acabou sendo uma medida paliativa, e uma nova reforma se torna cada vez mais necessária.
Déficit Bilionário do INSS
Atualmente, o déficit da Previdência Social é alarmante. A Secretaria do Ministério da Previdência Social estima um rombo de R$ 272,6 bilhões para 2024, que deverá aumentar para R$ 293,5 bilhões em 2025. Este déficit representa quase 3% do PIB brasileiro. Projeções indicam que até 2060, o rombo pode ultrapassar R$ 3 trilhões, refletindo um problema estrutural grave.
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A situação é agravada pelo envelhecimento da população, aumento da expectativa de vida e a diminuição das contribuições ao longo dos anos. Com o INSS gastando mais do que arrecada, o cenário financeiro é insustentável e demanda uma revisão nas regras da Previdência Social em um futuro próximo.
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Impactos e Objetivos da Reforma de 2019
A Reforma de 2019 não tinha a intenção de eliminar o déficit previdenciário, mas sim desacelerar seu avanço. Segundo o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, o objetivo era reduzir o rombo em cerca de R$ 800 bilhões ao longo de uma década. Apesar de ter trazido economia de R$ 156 bilhões entre 2020 e 2022, ainda não há uma solução definitiva para o problema.
Embora ainda não esteja na pauta do governo atual, uma nova reforma da Previdência será inevitável. Leonardo Rolim, ex-presidente do INSS, prevê que uma nova reforma será necessária em até 10 anos, com discussões previstas para o início da próxima década.
Enquanto isso, a Previdência Social continuará enfrentando prejuízos crescentes devido ao envelhecimento populacional e à redução nas contribuições. A complexidade do problema será um desafio contínuo para os futuros gestores e legisladores.
Imagem: Angela_Macario / shutterstock.com