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O programa Bolsa Família, que visa auxiliar financeiramente as famílias de baixa renda no Brasil, enfrenta atualmente um desafio significativo: uma fila de espera que conta com quase 700 mil pessoas. Apesar dos esforços do governo para garantir que o benefício chegue a quem realmente precisa, a lista de espera tem aumentado de maneira preocupante.
Segundo dados recentes, a fila de espera agora é composta por 689,8 mil famílias, que já tiveram seus documentos aprovados pelo Ministério do Desenvolvimento Social, mas ainda não receberam o benefício devido à falta de recursos.
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Aumento da fila do Bolsa Família
Em março do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relançou o Bolsa Família, o governo conseguiu zerar a fila de espera. No entanto, ao longo dos meses, essa lista voltou a crescer de maneira acentuada. Em dezembro, a fila contava com 175,9 mil famílias, número que disparou para os atuais 689,8 mil cadastros em espera.
Este aumento ocorre apesar do governo estar realizando um processo de averiguação e revisão cadastral, o chamado “pente-fino”, para excluir cadastros irregulares. O orçamento destinado ao Bolsa Família para este ano é de R$ 168,6 bilhões, o que equivale a uma média de R$ 14 bilhões por mês.
No entanto, os gastos mensais com o programa têm ultrapassado essa média, chegando a quase R$ 14,3 bilhões entre janeiro e julho. Esse excesso de despesas pode pressionar ainda mais o orçamento até o final do ano, dificultando a entrada de novas famílias no programa.
Desafios do Ministério do Desenvolvimento Social
O Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela gestão do Bolsa Família, não forneceu uma previsão para a redução ou eliminação da fila de espera. Em nota, a pasta destacou que o processo de revisão cadastral continua e que essa medida tem gerado variações no volume de cancelamentos de cadastros e pagamentos.
No entanto, a alta demanda por inclusões no programa continua a crescer, colocando um desafio adicional para o governo. Desde o ano passado, o governo intensificou a busca por possíveis irregularidades no Bolsa Família. Um exemplo disso é a exclusão de quase 2 milhões de famílias unipessoais, aquelas compostas por apenas um integrante, que apresentavam indícios de fraude.
Esses casos aumentaram significativamente no último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), mas muitos foram identificados e excluídos após a grande ação de correção do Cadastro Único em 2023.
Perspectivas futuras
A equipe econômica do governo espera que a busca por fraudes ajude a reduzir as despesas do programa nos próximos anos, especialmente com vistas ao orçamento de 2024 e 2025. No entanto, a crescente fila de espera representa um desafio constante para essa estratégia, já que há uma lista crescente de famílias que têm direito ao benefício e aguardam sua vez de recebê-lo.
Com isso, o governo terá que equilibrar a necessidade de expandir o orçamento do programa com a urgência de atender às famílias em situação de vulnerabilidade.
Imagem: Divulgação / Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome