O Brasil tem experimentado uma revolução nos pagamentos digitais desde a introdução do Pix, em 2020. Lançado pelo Banco Central, o sistema rapidamente se consolidou como a principal forma de pagamento no país. Em 2023, mais de 42 bilhões de transações foram realizadas, marcando um aumento impressionante de 75% em relação ao ano anterior. Esse sucesso fez com que o Banco Central avançasse na inovação dos meios de pagamento, com o lançamento do Drex, uma versão digital do Real voltada para grandes transações, como compras de imóveis e veículos, trazendo segurança adicional para esses casos.
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O que é o Drex?
O Drex é uma moeda digital baseada no Real e segue os princípios do Pix, mas com um foco específico em transações de maior valor e complexidade. A palavra Drex vem da junção de várias referências: o “D” de Digital, “R” de Real, “E” de Eletrônico e “X” simbolizando a conexão entre as partes envolvidas na transação.
Diferente do Pix, que é ideal para pagamentos rápidos e do dia a dia, o Drex é projetado para transações que envolvem grandes quantias de dinheiro, como a compra de imóveis, veículos e outros ativos de alto valor. A principal vantagem é que ele proporciona maior segurança nessas transações, utilizando a tecnologia de registro distribuído (DLT), que garante a transparência e a imutabilidade dos registros.
Como funciona o Drex?
O Drex será uma moeda digital com paridade 1:1 com o Real, ou seja, cada Drex terá o mesmo valor de um real. As transações realizadas com Drex serão liquidadas pelo Banco Central, o que garante que as transações sejam verificadas de maneira mais ágil e eficiente, sem o risco de falsificações ou fraudes que podem ocorrer em sistemas tradicionais.
Uma das principais inovações do Drex é a tributação automatizada. A nova tecnologia, que será implementada por meio do split payment, permitirá que impostos como o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) sejam automaticamente recolhidos durante o processo de pagamento. Isso significa que a arrecadação tributária será feita em tempo real, simplificando o processo para empresas e consumidores.
Como o Drex se diferencia do pix?
Embora ambos, Pix e Drex, sejam sistemas de pagamentos digitais, suas finalidades e funcionalidades são distintas. O Pix é ideal para pagamentos rápidos e transações de baixo valor, como compras do cotidiano e transferências de pessoas físicas. Já o Drex, com seu foco em grandes transações, foi desenvolvido para atender a necessidades mais complexas e de maior volume financeiro, trazendo mais segurança e facilitando a arrecadação automática de impostos.
Além disso, as transações com Drex só poderão ser realizadas por meio de instituições financeiras autorizadas, o que aumenta a segurança das transações. Isso ajuda a evitar o uso de intermediários não regulamentados e fortalece a confiança no sistema.
A importância da tributação automatizada com Drex
A tributação automatizada é uma das principais vantagens do Drex, especialmente em um cenário de reforma tributária. O sistema de split payment automatiza o recolhimento de impostos durante as transações, o que significa que o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) será deduzido automaticamente do valor da transação.
Essa inovação não só torna o sistema mais eficiente como também reduz o risco de fraude fiscal e a necessidade de um acompanhamento manual por parte das autoridades fiscais. Como resultado, o sistema permite maior transparência e agilidade nos processos fiscais, um avanço significativo para o país.
O impacto do Drex nas grandes transações
Com a popularização do Pix e a implementação do Drex, o Brasil dará um passo importante em sua jornada de digitalização financeira. O Drex, especificamente, tem o potencial de transformar setores como imobiliário e automotivo, ao facilitar transações de alto valor e ao tornar o processo mais seguro e eficiente.
A introdução do Drex também pode acelerar a digitalização da economia brasileira, tornando os pagamentos mais rápidos, seguros e acessíveis para um número ainda maior de pessoas e empresas. Esse avanço é crucial para um mercado financeiro cada vez mais integrado globalmente e com maior necessidade de inovação.
Expectativas para o futuro do Drex
O Drex representa um passo importante para o Brasil no contexto da digitalização financeira e da modernização dos meios de pagamento. A expectativa é que, com o tempo, mais transações de alto valor comecem a ser realizadas através do Drex, o que pode fortalecer ainda mais o sistema financeiro nacional e atrair mais investimentos estrangeiros.
A automação da tributação será outro ponto crucial para a adoção do Drex, visto que simplificará processos e tornará o sistema mais eficiente tanto para os contribuintes quanto para o governo. Isso pode ser um modelo para outros países que buscam modernizar suas economias.
Considerações finais
O Drex, como uma versão digital do Real, foi desenvolvido para suprir a demanda por transações seguras e eficientes em valores mais altos. Com sua base tecnológica sólida e o suporte do Banco Central, o Drex promete ser uma solução prática para facilitar a digitalização econômica do Brasil. Além disso, a tributação automatizada e o split payment são inovações que tornam o sistema mais eficiente e transparente, beneficiando tanto os consumidores quanto as empresas. O futuro do Drex é promissor, e ele deve continuar a evoluir para atender a um Brasil cada vez mais digital e globalizado.