Os depósitos referentes aos resultados do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) serão finalizados neste sábado, 31 de agosto. Serão distribuídos R$ 15,2 bilhões para cerca de 218,6 milhões de contas, beneficiando 130,8 milhões de trabalhadores.
Os R$ 15,2 bilhões representam 65% do lucro total registrado pelo FGTS em 2023, que foi de R$ 23,4 bilhões. Esses valores estão sendo depositados desde o final de julho. A distribuição é proporcional ao saldo de cada conta do trabalhador em 31 de dezembro do ano passado.
Para calcular a parcela do lucro que será depositada, o trabalhador deve multiplicar o saldo da conta por 0,02693258. Por exemplo, para cada R$ 1 mil de saldo, o trabalhador receberá R$ 26,93.
Os valores serão creditados diretamente no saldo do FGTS e só poderão ser sacados em situações previstas pela legislação, como doenças graves, demissão sem justa causa, aposentadoria, desastres naturais ou na aquisição de imóvel residencial.
Consulta de Saldo do FGTS
Os trabalhadores podem verificar o saldo do FGTS por meio do aplicativo FGTS, disponível para dispositivos Android e iOS. Para quem não tem acesso à internet, é possível solicitar o extrato em qualquer agência da Caixa Econômica Federal.
O extrato do FGTS também é enviado pelo correio a cada dois meses para o endereço cadastrado. Caso tenha mudado de residência, é necessário atualizar o endereço na agência da Caixa ou ligar para o número 0800-726-0101.
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Rendimento do FGTS
De acordo com a legislação, o FGTS rende 3% ao ano mais a taxa referencial (TR). Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o fundo deve ter correção mínima pelo IPCA, mas essa correção não é retroativa. A compensação para garantir que a correção alcance o IPCA será definida pelo Conselho Curador se o rendimento ficar abaixo da inflação.
O lucro do FGTS em 2023 foi quase o dobro dos R$ 12,1 bilhões registrados em 2022. Desse total, R$ 16,8 bilhões resultaram de aplicações do fundo em títulos públicos e investimentos em áreas como habitação, saneamento, infraestrutura e saúde. Os R$ 6,6 bilhões restantes vieram da reestruturação do fundo para financiar a reconstrução do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, um projeto iniciado em 2010.
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