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Criminosos estão se aproveitando da vulnerabilidade de idosos e pessoas com deficiência para aplicar fraudes usando o nome do INSS. Entenda como funciona esse novo golpe, como identificá-lo e quais passos tomar para não cair nessa armadilha.
O que é o BPC e por que ele virou alvo de criminosos?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma ajuda financeira oferecida pelo governo federal para idosos a partir de 65 anos e pessoas com deficiência que vivem em situação de baixa renda. Apesar de não exigir contribuição anterior ao INSS, esse auxílio é um direito garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Por ser destinado a um público mais vulnerável — que muitas vezes não domina bem o uso da internet ou não tem fácil acesso a informações oficiais — o BPC acabou se tornando alvo frequente de fraudes e esquemas enganosos.
Como funciona o novo golpe que promete liberar o BPC por R$ 400?
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Golpistas estão abordando beneficiários do BPC, especialmente idosos, fingindo ser representantes do INSS. Por meio de mensagens em redes sociais, WhatsApp, SMS ou até ligações, eles alegam que é preciso pagar uma taxa de R$ 400 para liberar ou regularizar o benefício.
A armadilha: aparência de oficialidade
O que torna esse golpe ainda mais perigoso é o nível de sofisticação. Em muitos casos, os criminosos usam logotipos falsificados do INSS, boletos com aparência legítima e até nomes de funcionários reais para passar credibilidade.
Eles apelam para a urgência e dizem coisas como “se não pagar agora, o benefício será suspenso”. Isso faz com que muitas vítimas, com medo de perder a única renda que têm, acabem pagando.
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Táticas usadas para enganar as vítimas
Comunicação fora dos canais oficiais
Uma das estratégias preferidas pelos golpistas é se comunicar por meios não institucionais, como aplicativos de mensagens. O INSS não solicita dados pessoais ou pagamentos via WhatsApp, Facebook, Instagram ou similares.
Coleta de informações pessoais
Além do dinheiro, muitos criminosos também coletam informações sensíveis, como CPF, dados bancários e número do benefício. Com essas informações, eles podem até realizar empréstimos fraudulentos em nome do beneficiário, o que causa um problema ainda maior.
Pressão psicológica
O uso de ameaças e prazos curtos é comum: “Você tem até hoje para pagar”, “Seu benefício será bloqueado” ou “Seu cadastro será cancelado”. Tudo isso serve para deixar a vítima em estado de pânico e fazê-la agir sem pensar.
Como identificar se você está diante de uma fraude
Sinais de que algo está errado:
- Pedido de pagamento antecipado para liberar ou manter o benefício;
- Contato feito por aplicativos de mensagem ou redes sociais;
- Solicitação de dados sigilosos, como número da conta ou senha;
- Mensagens com erros de português ou tom excessivamente urgente;
- Uso de documentos ou boletos com logotipos mal reproduzidos.
Se você recebeu uma abordagem com alguma dessas características, pare imediatamente e desconfie. O INSS jamais cobra qualquer taxa para liberar o BPC.
O que fazer se receber uma mensagem suspeita?
1. Nunca forneça informações pessoais
Jamais compartilhe seu CPF, número do benefício, dados bancários ou qualquer outro dado sensível com pessoas que dizem ser do INSS, especialmente se o contato não foi iniciado por você.
2. Consulte canais oficiais
Se surgir qualquer dúvida sobre seu benefício, acesse o site Meu INSS, use o aplicativo oficial ou ligue diretamente para o número 135. Esses são os únicos canais confiáveis para tratar de questões relacionadas ao BPC.
3. Denuncie imediatamente
Caso perceba que está sendo alvo de um golpe ou que já foi lesado, procure uma delegacia (ou use a versão online, se disponível no seu estado) para registrar um Boletim de Ocorrência (BO). Também é importante comunicar ao INSS e ao banco onde o benefício é depositado.
O Procon pode ajudar em situações de cobrança indevida, e a Polícia Civil deve ser acionada sempre que houver envolvimento de fraude.
Quem são as principais vítimas?
Infelizmente, os idosos e pessoas com deficiência que recebem o BPC acabam sendo os alvos preferenciais por causa de três fatores:
- Dependência financeira do benefício;
- Menor familiaridade com meios digitais;
- Acesso restrito à informação clara e atualizada.
Esse cenário de vulnerabilidade aumenta o risco de cair em armadilhas, tornando ainda mais importante a disseminação de informação segura e confiável.
O papel da tecnologia: aliada ou ameaça?
Por um lado, a digitalização dos serviços sociais trouxe mais agilidade e praticidade. Hoje, é possível resolver quase tudo sem sair de casa. Mas, por outro, essa mesma tecnologia virou arma para criminosos, que criam sites falsos, perfis enganosos e até aplicativos piratas para enganar usuários desavisados.
Fique atento ao uso correto da tecnologia
- Sempre verifique se o site é o oficial, com final “.gov.br”;
- Evite clicar em links recebidos por SMS ou WhatsApp, mesmo que pareçam verdadeiros;
- Se estiver com dúvidas, peça ajuda para alguém de confiança.
Como se proteger daqui pra frente
A prevenção continua sendo a melhor forma de combater esses golpes. Veja algumas dicas práticas:
Dicas essenciais de segurança
- Desconfie de mensagens que pedem urgência ou pagamento;
- Verifique se há erros de digitação, formatação e incoerências;
- Nunca clique em links desconhecidos;
- Não forneça senhas ou códigos de segurança por telefone ou mensagem;
- Use apenas os meios oficiais para consultar e resolver qualquer questão.
Conclusão: informação é sua melhor defesa
O golpe do BPC que cobra R$ 400 para liberar o benefício é só mais uma das várias armadilhas que circulam por aí. A boa notícia é que com informação correta, você pode se proteger e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Compartilhe esse conteúdo com familiares, vizinhos e conhecidos que recebem o BPC. Quanto mais gente souber como os golpistas agem, mais difícil será para eles continuarem atuando.
Se você desconfiar de algo, denuncie. E lembre-se: o INSS nunca cobra taxa para liberar benefícios. Qualquer cobrança nesse sentido é golpe!
Imagem: Freepik